Vira e mexe pego comentários chatos de alguém sobre as pessoas. Fico imaginando o que diriam de mim. Assim como tem alguém que pode me olhar com cara feia perante alguma situação, ou até mesmo aqueles que vêm me abraçar, mas que no fundo podem alimentar um sentimento de rejeição à minha pessoa.

Têm coisas que não precisam ser ditas. A gente sente.

Sou até bastante tolerante, e sei que o mínimo para se ter uma vida social desenvolvida é ser livre de atribuições negativas. A imagem sempre foi muito valorizada pela sociedade, assim como a primeira impressão, mas infelizmente não temos mais tempo para conhecer alguém além da medíocre superficialidade.

Hoje em dia é normal nos aproximarmos das pessoas por afinidades que julgamos compartilhar e se tornou muito fácil julgar os outros pelo que acreditamos ser ou gostaríamos que fossem.

A primeira impressão alheia não deve definir a personalidade de ninguém! O corte de cabelo, o estilo da bolsa ou até mesmo os livros que carregamos. O julgamento não é justo partindo destes princípios.

Eu acho um saco pessoas que dizem não gostar do outro sem saber a fundo quem se trata, antes de conhecer o lado bom que certamente ele tenha, antes de desfrutar da companhia, antes de saber de suas histórias, se teve dificuldades e as felicidades que encontrou pelo caminho.

Pessoas taxativas nunca dão chances. Acho que quem rotula perde mais do que quem é rotulado. Esse tipo de gente nunca fica sabendo o que poderia encontrar depois da primeira impressão.

Ando tão de saco cheio de pressão social, das exigências de status acima de tudo.
As pessoas estão vazias. Conheço tantas pessoas com ensino superior que não são capazes de fazer com inteligência uma crítica sobre qualquer assunto.

Ando cansada de pessoas mentirosas e fofoqueiras. Cansada de críticas por não agir da forma que as pessoas esperam ou querem. Cansada de hipocrisia daqueles que já admirei um dia.

Às vezes penso que “esse mundo é só meu”, que ele nunca existiu pra ninguém!

Mas já dizia Machado de Assis;

“Os adjetivos passam, e os substantivos ficam”.

Façamos do “Eu” Inteligência, Garra, Força, Alegria, Persistência.
E não deixemos o mesmo “Eu” se contaminar com adjetivos vãos.